quinta-feira, 16 de abril de 2009

Um bichano e eu

Disponível originalmente em http://beatonna.livejournal.com/92549.html, tradução minha.

Quem tem um gato em casa com certeza já passou por essas situações da tirinha. Os bichanos são uma gracinha, acham que são os donos da sua casa e até de você mesmo, possuem independência e fofura sem iguais. O único defeito é que não sabem o que querem, ou melhor, a gente é que muitas vezes não consegue decifrar o que eles querem, se é que eles sempre agem querendo alguma coisa.

Falo com propriedade, porque aqui em casa tenho um exemplar desse espécie. É uma persa, preta com branco e se chama Funny. Já mora com a gente há dois anos. Ao longo desse tempo passamos por muitas situações, muitas bonitas e outras um tanto tristes (que mereciam um post especial só pra elas). De vez em quando me pego pensando "Onde foi que eu errei na educação dessa gata?" ou "Será que ela já levou a sério alguma coisa que eu falei pra ela?". Tentei encontrar respostas com o veterinário, procurei livros na internet, mas nada surtiu o efeito esperado. Foi aí que eu resolvi relaxar e seguindo os conselhos do meu namorado até comecei a conversar mais com ela. E não é que até que a gente vem conseguindo se entender bem!? Ela na dela, e eu na minha, cada dia mais sem stress.

Se coloco a latinha dela de água ao lado da ração, ela só toma a água que fica no balde do outro lado (mesmo correndo o risco de cair dentro do balde). Mesmo tendo uma areia própria, ela só quer usar a do jardim. Ela mia querendo leite (suponho eu), coloco leite pra ele. Ela toma o leite, mas mia de novo pra mim (pode ser um miado de agradecimento, fico sonhando). Vou pro quarto, ela vem atrás de mim. Sento no computador, ela mia pra mim, coloco ela no colo, faço um cafuné (ela tá carente, normal um gato ser carente, eu acho). Ela pula e sobe na minha cama. "Funny, desce daí, vai ficar tudo cheio de pelo". Ela me olha e começa e dormir. Começo a ler, ela acorda e pula pra ficar em cima do livro (ela não suporta dividir a minha atenção, meu namorado que o diga). Mas se eu chamo ela não vem, ou pelo menos não antes de dez minutos se passarem. E apesar de tudo a gente vai se entedendo, ela aguentando meus momentos de "Felícia", e eu os seus desligamentos da vida. Tudo na certeza de que a gente se gosta e que não estamos sós.

Um comentário:

Mochileiro disse...

olha, já dei uma vista d'olhos na tua telha e linkei no meu blog, agora vai lá no www.sinceroquedoi.worpress.com.br e me linka